Tomar a atitude de fazer o desapego é um gesto de decisão e de retomada dos eixos que envolvem a sua vida. É quando você passa a experimentar um sentimento de liberdade, mudar o rumo, livrar-se dos acúmulos de coisas que já não servem mais. Reveja suas crenças, valores rígidos, opções de vida e veja quais os novos passos para seguir em frente. Tire do armário as velhas roupas e da estante das lembranças, aquelas que o impedem de seguir adiante.

O apego exagerado aprisiona e tira a liberdade. Desapego não é perda, é ganho. Não existe mudança sem algum sofrimento. Talvez, o seu maior apego, seja em relação aos medos, conceitos e pré-conceitos em relação as pessoas, a vida e o amor. Não exija demais de si mesmo e nem do outro, você correrá o risco de ficar sozinho. Seja mais tolerante consigo mesmo e com aqueles que fazem parte da sua vida. Reveja o seu autoconceito. Você já descobriu o seu jardim secreto? Canteiros da alma, onde exalam outros perfumes, outras sensações mais sublimes. Antes de tudo, apague da sua mente todos os rótulos que denigrem a sua imagem e cuide melhor das suas emoções e pensamentos. O desapego inicia, quando você conhece os seus sentimentos. Se precisar de ajuda, busque, permita-se ser cuidado. Os psicólogos são profissionais treinados no acolhimento e na escuta do outro. Muitas doenças psicossomáticas, vem do apego e da dor emocional que se instalou como um veneno. Então, é preciso rever a forma de lidar com a dor. Fale, grite, mas não aprisione apegos doentios. Pense no perdão. Atitude nobre e de decisão pessoal que liberta e cura.

 

Ana Maria Freitas Coelho, Psicóloga, mestre em Saúde Mental.
Instituto Beatriz Schwab – Projeto Solteiros novamente 32342738