O esforço muscular gerado para se manter estável durante a sensação de queda livre exercita os músculos e gera perda de calorias
De acordo com o Ministério do Esporte, 54% dos brasileiros praticam alguma atividade física e esse número é pouco expressivo quando se trata das mulheres. Segundo o órgão, mais de metade da população feminina é sedentária – a faixa etária que mais se dedica à prática esportiva está entre as jovens de 15 a 19 anos. Uma das alternativas esportivas é o paraquedismo indoor, o qual consiste em experimentar a sensação de voo livre, com segurança e conforto, além de realizar exercícios de isometria e fortalecimento dos músculos de forma divertida.
Para Matheus de Oliveira, instrutor da iFLY Brasília, o paraquedismo indoor é mais que sua profissão, pois a prática do esporte proporcionou a perda de 10 quilos em apenas quatro meses. “Para voar é preciso ter total controle do corpo, com o objetivo de proporcionar movimentos corretos e precisos. Esse esforço requer condicionamento físico, muscular e mental. Como instrutor preciso pensar nos meus movimentos e ainda garantir a segurança e diversão do cliente, o que requer ainda mais esforço, pois precisamos auxiliá-lo a todo momento”.
Os dez quilos perdidos se deram pela isometria – técnica que consiste em manter os músculos rígidos e em posição fixa, sendo forçados por uma força contrária, que no caso do paraquedismo indoor é feito pelo vento. “O esforço que é realizado dentro do túnel para permanecer em uma posição gera um gasto de energia e um fortalecimento muscular além do normal. Por mais que o praticante esteja relaxado, ele segue forçando corpo e mente, já que para voar a pessoa precisa ter noção corporal e mental”, afirma Glauber Jackson, o Jack, paraquedista, instrutor e coach de voo da iFLY Brasília.
Cada minuto gasto no túnel proporciona uma perda de aproximadamente 250 calorias. A queima calórica gerada pela isometria não resulta apenas em emagrecimento, mas também em fortalecimento muscular. “A prática do paraquedismo indoor, o treinamento de estabilidade em sensação de queda livre, pode substituir outra atividade física e gerar os mesmos benefícios. Essa, portanto, é uma ótima saída para os que querem se aventurar com segurança e diversão, além de realizar um treinamento físico”, detalha Jack.
Amo a sensação de “vento na cara”
A paraquedista Thaís Maya, de 38 anos, resolveu trocar os voos de paraquedas pela experiência no túnel, depois de ganhar seus dois filhos. “Quando nos toramos mães, perdemos o nosso direito de morrer, o que me fez parar de saltar. Mas o amor ao vento e a sensação de voar ainda ficou presente. Hoje, pratico paraquedismo indoor e também trago meus filhos. É uma forma de reviver o esporte e me exercitar”, acrescenta.
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