Atualmente, estima-se que, por ano, ocorrem 12.500 novos casos de câncer infantojuvenil no Brasil. A doença é a que mais mata crianças e adolescentes de 1 a 19 anos

No Brasil, o câncer infantojuvenil é a enfermidade que mais mata crianças e adolescentes de 01 a 19 anos, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O mês de fevereiro, com os dias Mundial do Câncer (04) e o Internacional da Luta contra o Câncer na Infância (15), é dedicado para alertar sobre a doença e promover a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce para aumentar as chances de cura do câncer infantojuvenil aos mesmos patamares dos países de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) muito alto, onde as chances ultrapassam 80%. Atualmente, no Brasil, as chances de cura chegam a 64%

Por isso, a missão do Instituto Ronald McDonald, que há mais de 20 anos atua para aproximar famílias da cura do câncer infantojuvenil no Brasil, é promover saúde e qualidade de vida para crianças e adolescentes antes, durante e após o tratamento da doença.

No cenário de um país com restrições econômicas, o Instituto Ronald investe no uso de recursos de forma inteligente. “Por isso, investimos no programa Diagnóstico Precoce. Nossa ideia é trabalhar para que mais crianças cheguem ao hospital no estágio inicial da doença, diminuindo os custos para o tratamento e aumentando as chances de cura”, afirma Carla Lettieri, Coordenadora de Programas e Projetos no Instituto Ronald McDonald.

O programa Diagnóstico Precoce, promovido pelo Instituto Ronald McDonald, capacita profissionais da atenção básica de saúde e outras áreas que lidam diretamente com crianças e adolescentes para identificar os principais sinais e sintomas da doença no seu estágio inicial. Nas localidades em que profissionais foram capacitados, os resultados do programa Diagnóstico Precoce apontaram os seguintes indicadores: aumento de 23% nos encaminhamentos de crianças e adolescentes com suspeita da doença para um serviço especializado, e diminuição de 61% (de 13 para 5 semanas) do tempo de trajetória da criança entre a suspeita e o diagnóstico.

No Brasil, o tempo entre a percepção de sintomas e a confirmação diagnóstica do câncer infantojuvenil é longo e por isso muitos pacientes chegam ao tratamento em fase avançada da doença. De acordo com pesquisa realizada pelo Inca – Instituto Nacional do Câncer, cerca de 80,8% dos pacientes que iniciaram o tratamento da doença chegaram ao hospital sem diagnóstico.

Nesse contexto, o Instituto Ronald McDonald lançou, em 2019, o livro “Diagnóstico Precoce do câncer Infantojuvenil e a Atenção Básica: estratégias e desafios para aumentar as chances de cura”. O livro traz informações sobre a oncologia pediátrica no Brasil e os principais sinais e sintomas da doença. “Nosso objetivo é que todas as pessoas, mesmo que não tenham nenhuma relação com o Instituto Ronald, se tornem agentes de transformação. Todos que souberem identificar os sinais e sintomas do câncer podem ajudar uma criança a chegar mais cedo ao tratamento”, completa Carla.
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Também em 2019 foi lançada a Frente Parlamentar de Prevenção e Combate ao Câncer Infantojuvenil, com o objetivo de debater o tema e encontrar soluções para aumentar os índices de cura. A Frente foi formalizada no dia 24 abril de 2019 pelo Deputado Federal Bibo Nunes e contou com o apoio de 211 Deputados de diversos partidos e Estados.

“O Instituto Ronald trabalha juntamente com outras instituições e a Frente Parlamentar de Prevenção e Combate ao Câncer Infantojuvenil propondo melhorias e o aumento de investimentos para a oncologia pediátrica no Brasil. Nossa missão é ampliar as chances de cura da doença, para que ela não seja mais a principal causa de morte por enfermidade na faixa etária de 1 a 19 anos em nosso país”, Carla Lettieri, Coordenadora de Programas e Projetos no Instituto Ronald McDonald.

Desde sua fundação, em 8 de abril de 1999, o Instituto Ronald McDonald, vencedor do prêmio de Melhor ONG em saúde e classificado por três anos consecutivos entre as 100 melhores ONGs do Brasil de acordo com o Instituto Doar e a Revista Época, desenvolve e coordena programas como Diagnóstico Precoce, Atenção Integral, Espaço da Família Ronald McDonald e Casa Ronald Mcdonald. Para conhecer as campanhas de arrecadação e programas do Instituto Ronald McDonald, acesse o site: http://institutoronald.org.br/
Principais sinais e sintomas do Câncer infantojuvenil
Em sua fase inicial, os sinais e sintomas do câncer infantojuvenil podem se assemelhar aos de doenças comuns da infância, o que muitas vezes dificulta a suspeita e o diagnóstico correto do câncer em crianças e adolescentes.

• Aumento do abdômen;

• Dores de cabeça – especialmente se incomum, persistente ou grave, acompanhada de vômito (normalmente pela manhã ou com piora ao longo dos dias);

• Sangramentos no nariz ou gengiva;

• Tontura;

• Palidez e hematomas;

• Emagrecimento – quando a criança não ganha peso, perde peso ou ganha peso de forma insuficiente;

• Alterações oculares – pupila branca, estrabismo de início recente, perda visual, hematomas ou inchaço ao redor dos olhos;

• Fadiga, letargia ou mudanças de comportamento – como isolamento;

• Dor em membro ou dor óssea;

• Caroços ou inchaços – especialmente se forem indolores e sem febre ou outros sinais de infecção;

• Febre e tosse persistente – ou falta de ar e sudorese noturna.
Fonte: Divulgação