O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vai proibir viagens oficiais para os parlamentares no período de votação da reforma da Previdência. A medida é para evitar que possíveis deputados infiéis se “escondam” em outros países. Aliados com viagens marcadas estão sendo orientados a remarcar compromissos. O relatório deverá ser votado na comissão especial na próxima quarta-feira,3.

O governo dedicou boa parte da tarde desta quinta-feira (27) à tarefa de definir exonerações de indicados por parlamentares que foram infiéis na votação da reforma trabalhista. Ato contínuo, o Planalto premiou com mais cargos quem se manteve firme na base aliada.

O presidente Michel Temer não foi o único a analisar detidamente os resultados da votação da reforma. A CNI (Confederação Nacional da Indústria), que defendia a proposta, produziu um relatório de 17 páginas sobre a sessão da Câmara.

A entidade destacou a fidelidade do DEM, a dissidência de Carlos Eduardo Cadoca — expulso do PDT por ser o único na sigla a votar a favor — além dos nomes do PMDB que não ficaram ao lado de Temer.

Procurada, a CNI informou que o relatório é um documento interno para acompanhamento de projetos em tramitação no Congresso e que a elaboração desses papéis é uma rotina na entidade.

Créditos: Folha de São Paulo