Médico alerta para conjuntivite viral, doença comum no inverno

Já que estamos no inverno, ficar em alerta para as doenças comuns da estação, como alergia, olho seco e conjuntivite, é fundamental. Nesta época do ano, quando as temperaturas estão mais baixas e as pessoas permanecem mais tempo em ambientes fechados, a conjuntivite costuma aparecer com mais frequência. Caracterizada como uma inflamação da conjuntiva, fina membrana transparente que reveste o globo ocular e o interior das pálpebras, ela pode se manifestar de três formas: alérgicas, bacterianas e virais, sendo essa última mais comum. “A conjuntivite viral é causada pelo mesmo vírus que provoca o resfriado comum e se espalha muito rápido. Os principais sintomas da doença são olhos lacrimejantes, pálpebras inchadas, ardência e aversão à luz. Para não agravar o problema, o melhor é procurar um oftalmologista o quanto antes para que ele faça o diagnóstico e oriente o tratamento correto”, ressalta o dr. Sérgio Kniggendorf, médico referência do departamento de Retina e Vítreo do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB).

Embora com duração média de sete a oito dias, o processo de cura da conjuntivite viral pode ser demorado e exigir mais cuidados. “O vírus tem um ciclo próprio, normalmente de sete dias, e o tratamento nos casos desta conjuntivite busca aliviar os sintomas até que esse ciclo tenha fim. Algumas vezes, dependendo do tipo de vírus, pode surgir uma membrana interna nas pálpebras, depois do quarto dia, configurando a fase aguda da infecção. Esse quadro causa um inchaço na região palpebral e a conjuntivite só começa a apresentar melhora depois que o médico retira essa membrana. Nesses casos, o tempo de cura leva em torno de 30 dias”, explica o médico.

Entre as medidas que podem trazer alívio estão a compressa de água gelada, a higienização dos olhos com soro fisiológico e, eventualmente, a indicação de colírios de lágrima artificial. “Para evitar a contaminação de outras pessoas, o recomendado é evitar totalmente o contato, não tomar banho de piscina ou mar; preferir lenços e toalhas de papel e não compartilhar objetos pessoais, como travesseiros, óculos, maquiagem, sabonetes, entre outros cuidados”, conclui dr Sérgio Kniggendorf.

Dr. Sérgio Kniggendorf