Simplicidade sempre foi a chave de qualquer sucesso, concorda?
Uma vez nós ouvimos de um coach amigo: “Simplifica, que simples fica”. Se você nos acompanha talvez você vai ouvir ou ler essa frase algumas vezes da gente.
Então respondendo a pergunta da semana passada, se você não se recorda dela, ela foi mais ou menos assim: Como agir pode custar menos?
Simples, identifique o primeiro passo. Às vezes, estamos apenas intimidados com a tarefa que estamos evitando. Podemos ter “aprender francês” na nossa lista de tarefas, mas quem pode encaixar isso no meio da tarde com uma rotina longa de trabalho? O truque aqui é quebrar tarefas grandes em pequenos passos (passos de bebê) que não sejam cansativos e sejam facilmente alcançáveis. Ainda melhor: identifique o menor primeiro passo, algo que é tão fácil que até mesmo nosso cérebro procrastinador tenha a tendência de ver que os benefícios superam os custos do esforço. Então, ao invés de “aprender francês”, você pode decidir enviar um e-mail para alguma amiga para pedir conselhos sobre algum lugar bacana para aprender essa língua charmosa. Alcance esse pequeno objetivo e você se sentirá muito mais motivado para dar o próximo passo e irá parar de se remoer por dentro por sua falta de habilidades linguísticas.
Amarre o primeiro passo a um prazer instantâneo. Podemos fazer com que o custo do esforço seja ainda menor se relacionarmos esse pequeno passo com algo que realmente estamos ansiosos para fazer. Em outras palavras, atribua a tarefa que está evitando a algo que você realmente deseje não evitar naquele momento. Por exemplo, você pode se permitir tomar uma tigela de açaí ou de sorvete após correr aqueles 10km ou fazer aquela aula de crossfit na academia, porque aquela culpa pelo prazer ajuda a diluir a percepção do seu cérebro sobre o “custo” de exercícios de curto prazo. Da mesma forma, você pode reunir um pouco de foco e autodisciplina para completar uma tarefa que tem escorregado há dias da sua agenda, se você promete que você vai fazê-la em um bom café com sua bebida favorita na mão.
Remova o bloqueio oculto. Às vezes, nos encontramos voltando a uma mesma tarefa repetidamente, ainda não dispostos a dar o primeiro passo. Nós ouvimos uma pequena voz em nossa cabeça dizendo: “Sim, boa ideia, mas… Não.” Neste ponto, precisamos questionar essa voz para descobrir o que realmente está impedindo você de agir. Pacientemente, pergunte-se alguns “porquês” – “qual a razão que é tão desafiador fazer isso?” E “qual a razão disso?” – e o bloqueio pode surgir bastante rápido. Muitas vezes, a questão é que um compromisso de concorrência perfeitamente nobre está prejudicando sua motivação. Por exemplo, suponha que você tenha dificuldade em aderir a uma rotina de definição de metas no início da manhã. Alguns “porquês” podem destacar que o desafio decorre do seu desejo igualmente forte de tomar café da manhã com sua família. Uma vez que você criou esse conflito mais explícito, é muito mais provável que você encontre uma maneira de superá-lo, talvez definindo seus objetivos diários na noite anterior, ou a caminho do trabalho.
Chegamos ao fim dessa série que muito nos fascina. Então da próxima vez que você se encontrar contagiado com a inabilidade de fazer aquelas tarefas que julga importante, seja gentil consigo mesmo. Reconheça que seu cérebro precisa daquele empurrãozinho de ajuda para sair da perspectiva da inércia. Dê um pequeno primeiro passo para tornar os benefícios de agir exageradamente maiores, e outro para os custos de agir tornarem-se muito menores. A sua lista de tarefas agradecerá.
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Até mais!