Em operação deflagrada na manhã desta terça-feira (3/10) pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) revelou uma série de falhas nos serviços prestados pela Farmácia de Alto Custo, que funciona na estação 102 Sul do Metrô
Em agosto, a Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu que a ausência de controle eficaz dos estoques contribui para o desabastecimento, podendo levar à descontinuidade no tratamento dos pacientes, além de desvios, irregularidades e fraudes. Os auditores entrevistaram 152 pacientes que deveriam ser atendidos pela Farmácia de Alto Custo do DF. Deles, 46 informaram que não conseguiram receber o medicamento. Outra irregularidade apontada é que num universo de 10 medicamentos analisados, 40% deles foram comprados com preços acima dos definidos pelo governo federal.
Os fatos narrados tanto pela fiscalização do Ministério Público, quanto pelos auditores da Controladoria-Geral da União (CGU), ambos já foram objeto de investigação na recente CPI-Saúde, conduzida pelo deputado distrital Wellington Luiz.
Sobre esse assunto, o parlamentar disse que “o nível do descaso com a saúde pública no Distrito Federal chega a ser um deboche com a população pagadora de impostos e, principalmente aqueles mais necessitados que dependem exclusivamente dos remédios da farmácia de alto custo. Muitos desses pacientes, saem de suas casas de madrugada, dormem nas filas para, ao final, apenas confirmar que a farmácia não dispõe do remédio necessário ou, em pior situação, receberem produto vencido. Essas pessoas são as vítimas mais sofridas de um governo frio e que não respeita dores e sofrimentos de gente humilde”.