Imagine encontrar hoje um carro dos anos 1990 sendo vendido como novo. Imagine se for um supercarro. Pois é: existe um McLaren F1 amarelo com apenas 238 quilômetros no odômetro nestas condições

Ainda com os plásticos de proteção originais de fábrica envolvendo painel, assoalho, bancos e outras partes da cabine, esse McLaren está à venda em uma loja de modelos exóticos no Reino Unido, com preço “sob consulta”  – para se ter uma ideia, o primeiro F1 exportado para os Estados Unidos foi recentemente vendido pela “bagatela” de nada menos que US$ 15 milhões (quase  R$ 50 milhões na conversão direta). Isso considerando que esse carro era bem mais rodado, com mais de 15 mil km.

Considerando que o F1 em questão está perfeitamente conservado, com direito à toda documentação original, além de acessórios, kit de ferramentas e um relógio de pulso da TAG Heuer que acompanhava o cupê no lançamento, não será nenhuma surpresa se ele ultrapassar a já estratosférica marca.

Lançado em 1992 (sendo que a unidade à venda foi feira em 1997) com projeto do engenheiro Gordon Murray, o mesmo que criou os carros campeões na Fórmula 1 guiados por Ayrton Senna, o McLaren F1 é o primeiro automóvel homologado para rodar nas ruas da marca britânica.

Além disso, durante muito tempo deteve o título de automóvel produzido em série mais veloz do mundo – o primeiro recorde veio em 1993, com máxima de 371,758 km/h, depois superado em 1998 pelo próprio F1 (386,403 km/h). O posto já foi perdido para modelos como Bugatti Veyron e Hennessey Venom GT, mas o F1 mantém a sua magia e mesmo hoje pode ser considerado um supercarro.

Equipado com motor central-traseiro fornecido pela BMW, um 6.1 V12 naturalmente aspirado de até 681 cv de potência , o F1 é para puristas: sua transmissão de seis marchas é manual e a tração, traseira. Foram construídas apenas 106 unidades habilitadas para rodar em vias públicas, o que faz do modelo um dos esportivos mais raros e cobiçados do mercado.

 

Créditos: Uol