Neste ano, o Distrito Federal já registrou sete casos de Influenza A do vírus H1N1 e seis casos do vírus H3N2, com um óbito. Os sintomas podem parecer comuns como qualquer gripe, mas se não for cuidada, o sistema respiratório pode ser corrompido e resultar em sérias complicações e até mesmo à morte.
A gripe A, se propaga principalmente na presença de umidade. A mucosa do nariz, boca e olhos são as principais portas de entrada para o vírus. Por isso, o contágio pode se dar por gotículas respiratórias no ar, transmitidas pela tosse, espirro e saliva, por meio de beijos ou bebidas compartilhadas e pelo toque em uma superfície contaminada, como cobertores e maçanetas.
Os sintomas mais comuns são febre acima de 38 graus, dor de garganta, manifestações gastrointestinais, fortes dores de cabeça, dor muscular, tosse e dificuldade respiratória. Ao entrar em contato com estas superfícies, outros órgãos corporais ficam em alerta. Os olhos podem ser a principal fonte de entrada para os germes e bactérias.
O oftalmologista Luiz Felipe Diniz, do Hospital Brasileiro de Olhos (HBO), alerta para os cuidados que a população deve ter. “Ao ficarmos gripados, temos o hábito de coçar o nariz e os olhos. O perigo mora aí, pois ao fazermos este movimento, criamos uma superfície infectada, podendo ser transmitida para qualquer local”, explica. A doença afeta os olhos causando sensação de ardência e de cansaço, além de provocar uma dor que parece estar atrás do globo ocular.
Para evitar o contágio, o clínico geral Leonardo Melo, do Hospital PAI, diz que “é importante utilizar regras básicas de higiene, como cobrir a boca ao tossir ou espirrar, lavar as mãos com frequência e utilizar o álcool em gel antes de consumir alimentos e após contato físico com pessoas ou objetos de espaços públicos”. Em períodos de surtos, o médico recomenda evitar locais fechados.
A gripe também costuma afetar a pele. “Manchas vermelhas na pele podem aparecer e são indícios de inflamações graves denominadas miosites. Ela é a inflamação aguda dos músculos e evolui de um sintoma principal, que é a dor corporal”, explica a dermatologista Kyara Brito, do Hospital PAI. A médica recomenda não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os ambientes bem ventilados e evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença.
O tratamento do vírus H1N1 está baseado na sua vacina, além de boa hidratação e medicamentos antivirais específicos distribuídos na rede pública e hospitais. É importante que o paciente tenha acesso à medicação nas primeiras 48 horas de início dos sintomas para que haja eficácia. O uso de analgésicos também é permitido, desde que um médico seja consultado.
A vacina contra influenza pode ser encontrada nos postos de saúde do DF até o dia 1° de julho ou na rede particular.
Fonte: Divulgação