O principal exame solicitado pelos médicos para identificar as disfunções na glândula é o TSH dosado no sangue
Estudo realizado nos laboratórios do Grupo Dasa, do qual o Laboratório Exame faz parte, mostra que 77% das alterações na tireoide ocorrem em mulheres, enquanto 23% ocorrem nos homens. Apesar da maior incidência ser em adultos acima dos 35 anos, principalmente do sexo feminino, a Dra Rosita Fontes, endocrinologista que integra o quadro clínico do Laboratório Exame, faz o alerta “As doenças da tireoide podem aparecer em todas as idades, inclusive nos recém-nascidos, crianças e adolescentes”.
A tireoide é uma glândula de formato semelhante a uma borboleta que fica localizada na parte anterior do pescoço. Ela tem como função produzir e armazenar hormônios, entre eles a triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4). Para produzir a quantidade suficiente de hormônios ela é estimulada pelo “Hormônio Estimulador da Tireoide”, conhecido pela sigla TSH. “Em condições normais, os hormônios da tireoide e o TSH se equilibram mutuamente”, explica Dra Rosita.
Dentre as alterações mais comuns está o Hipotireoidismo -“aqui, a produção dos hormônios tireoidianos é diminuída e as funções do organismo tornam-se mais lentas” – explica a médica, estando sonolência e desânimo entre os principais sintomas.
Outra disfunção frequente é o Hipertireoidismo, que tem como principais sintomas nervosismo e palpitações -“neste caso, ocorre aumento da produção hormonal e o corpo funciona de forma acelerada” – complementa.
Além destas, outras alterações que podem ocorrer são: o Bócio, que altera a forma da glândula, podendo ser apresentado de maneira difusa (aumento de toda a glândula) ou nodular (presença de nódulos), e inflamações ou infecções, ambas pouco frequentes.
Recém-nascidos
O Hipotireoidismo congênito ocorre quando a glândula do recém-nascido não é capaz de produzir os hormônios da tireoide, fundamental para o desenvolvimento do bebê. Este problema ocorre em 1 entre 4 mil nascimentos, por isso é essencial realizar o teste de triagem neonatal nos primeiros dias após o nascimento, conhecido popularmente como teste do pezinho. “Com o teste é possível diagnosticar o hipotireoidismo congênito e diversas outras doenças. Caso confirmado o diagnóstico inicia-se imediatamente um tratamento com hormônio tireoidiano”, esclarece a Doutora Rosita.
Principais Exames
Para o diagnóstico do hipotireoidismo ou do hipertireoidismo são solicitados os seguintes exames:
- Inicialmente o exame solicitado é o TSH;
- Caso o TSH se encontre alterado, o médico pode solicitar o T4 Livre para confirmar se há hipotireoidismo ou hipertireoidismo;
- Em situações específicas o médico também pode solicitar os exames T4 total, T3 livre e T3 total;
Todos eles são realizados através de uma amostra de sangue.
Para o diagnóstico do Bócio, a ultrassonografia é a mais utilizada. Por meio dela é possível identificar o tamanho e as características da tireoide e de algum eventual nódulo. Todos estes exames são solicitados após avaliação do médico.
Para quem já possui algum distúrbio da tireoide a orientação é fazer o acompanhamento com um endocrinologista, que irá indicar o melhor tratamento. “A melhor conduta será orientada pelo endocrinologista após avaliação de cada caso”, indica a Doutora Rosita Fontes.
Fonte: Divulgação