Qual a diferença entre cosméticos veganos, orgânicos, naturais e cruelty free?

O mercado brasileiro de cosméticos e produtos de cuidados pessoais é o terceiro maior do mundo, com previsão de atingir a segunda posição até 2020. O brasileiro é um povo muito vaidoso, e em Brasília não poderia ser diferente. Os moradores da capital federal gostam de estar sempre bonitos e perfumados, e de preferência de olho nas novidades desse mercado.

A palavra da atualidade é sustentabilidade, e no mundo dos cosméticos a preocupação com meio ambiente e beleza também andam cada vez mais próximas. E na hora de escolher um produto de beleza o consumidor precisa ficar atento. Todo cosmético aplicado ao corpo é absorvido, alguns chegando até na corrente sanguínea. Os produtos industrializados, geralmente, contém química forte, muitas vezes derivada do petróleo e que, em grande quantidade ou por um longo período de uso, podem ser prejudiciais ao organismo.

Por isso, uma nova onda de cuidado e bem estar está aparecendo como uma possível solução para este problema: o uso de cosméticos orgânicos e veganos. Estima-se que diariamente os seres humanos sejam expostos a pelo menos 160 substâncias ao usar os cosméticos, das quais um terço traria algum risco à saúde associado. Uma delas é o parabeno, que pode ser encontrada em sabonetes, desodorantes e shampoos, alguns estudos associam o câncer de mama ao uso dessa substância.

A farmacêutica Flávia Ribeiro, proprietária da farmácia de manipulação Quality, afirma que o uso de produtos orgânicos contribui com a saúde, a melhora pele, rosto, cabelo, etc. “Quem tem sensibilidade na pele, por exemplo, pode ter irritação e desenvolver alergias. Além disso, o parabeno pode levar ao envelhecimento precoce da pele” explica Flávia.

Há cerca de dois anos alguns produtos começaram a chamar a atenção dos brasileiros: orgânicos, veganos, naturais e crueltyfree(livre de crueldade). De olho nessa tendência, a farmacêutica Flávia Ribeiro resolveu investir nessa linha. “É impressionante como esse mercado tem crescido no DF, cada vez mais as pessoas procurar produtos naturais e sem química. Quando eles compram sabem que é algo que realmente vai fazer bem para o organismo e meio-ambiente”, explica Flávia.

Podem ter, no mínimo 95%, do conteúdo total de matérias-primas naturais. Os outros 5% podem ser constituídos por substâncias sintéticas não proibidas para cosméticos naturais.

Os cosméticos orgânicos devem possuir, no mínimo, 95% de matérias-primas certificadas como orgânicas. Os 5% restantes podem ser compostos por água e por outras matérias-primas naturais. Os cosméticos feitos com matérias-primas orgânicas devem possuir, no mínimo, 70% e, no máximo, 95% matérias-primas certificadas como orgânicas.

São produtos que não utilizam matérias-primas de origem animal, como cera de abelha, leite ou banha, mas que podem conter ingredientes sintéticos.

Pode até conter produtos de origem animal, a questão que influencia na certificação é não ter sido testado em animais e não ter gerado qualquer sofrimento de qualquer bicho em seu processo de confecção.