Além da Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), existem várias doenças que afetam a mácula e não tem nada a ver com o envelhecimento
Ao contrário do que a maioria das pessoas acredita, a degeneração macular não ocorre apenas em idosos, mas também em crianças, jovens e adultos. De fato, a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) é a principal causa de perda da visão depois dos 50 anos, por isso é tão conhecida, mas existem várias outras doenças que atingem a mácula, e em qualquer idade, como a histoplasmose ocular presumida e as estrias angióides, por exemplo. Além das doenças adquiridas, existem também as de origem hereditária, como a de Best, Stargardt, pseudoviteliforme do adulto, entre outras.
A mácula é uma pequena área localizada na parte posterior do olho que permite enxergar detalhes finos com clareza. “O processo degenerativo forma uma lesão na mácula que afeta tanto a visão para longe quanto a visão para perto, podendo dificultar ou até mesmo impedir a realização algumas atividades básicas, como ler ou escrever” afirma o oftalmologista Hilton
De acordo com o especialista, a maioria das pessoas só procura o médico quando começa a perceber visão borrada, manchas no centro da visão e linhas tortas, ou seja, postes e portas passam a ser vistos com curvas. O ideal é identificar a doença o quanto antes, pois quanto mais cedo o diagnóstico, mais chances de preservar a visão útil. Isso é possível com o exame oftalmológico de fundo de olho realizado nas consultas de rotina.
A doença de Stargardt e a doença de Best são formas mais comuns de degeneração macular juvenil de caráter hereditário. Elas levam à perda progressiva da visão central e atrofia bilateral progressiva do epitélio pigmentar na área da mácula. Outra doença comum na primeira e na segunda década de vida é a histoplasmose ocular presumida, transmitida por fungos presentes em excrementos de pássaros e morcegos. Já a doença fundus flavimaculatus (FFM) aparece na idade adulta e tem progressão lenta.
O tratamento das doenças adquiridas, na maioria das vezes, é feito com injeção intraocular de agentes que reduzem a proliferação de vasos sanguíneos. Além disso, o paciente precisa adotar dieta específica, diminuir o consumo de gorduras, manter o peso adequado e controlar a pressão arterial. No caso das doenças hereditárias, o tratamento vai variar de acordo com cada caso. Células-tronco também estão sendo estudadas para ajudar na reversão das doenças da mácula.
Pode-se recorrer ainda aos auxílios ópticos, tais como óculos com lentes asféricas, lentes de magnificação, circuitos fechados de “TU” e alguns recursos dentro da área da informática com software e hardware específicos.
Fonte: Divulgação