Um estudo relacionou as horas de trabalho que as pessoas enfrentam ao desgaste do meio ambiente, chegando a conclusão que deveríamos trabalhar apenas 10 horas por semana para ter uma vida sustentável
O tempo da viagem de casa até o trabalho é um assunto a ser discutido. Enquanto os moradores de cidades grandes sofrem com o trânsito, também é preciso chamar atenção para os gastos ambientais que cometemos ao ir para o trabalho.
A pesquisa autônoma chamada “The Ecological Limits of Work”, realizada por Phillip Frey e publicada em abril, relaciona as emissões de gás carbônico na atmosfera e o número de horas trabalhadas na semana, a fim de determinar quantas horas semanais as atuais mudanças climáticas podem aguentar e como o nosso trabalho afeta o meio ambiente.
Com base no nível de produtividade autal, que acarreta emissões aceleradas de CO2, uma semana de trabalho sustentável deve ser de apenas 10 horas, até mesmo para as economias que têm quantidades de lançamento de gases reduzidas.
Dessa forma, o estudo chama atenção para a produção exagerada, em todos os âmbitos do capitalismo, destacando que é mais sustentável trabalhar de casa do que ir até ao trabalho, e abrindo nossos olhos sobre o nosso estilo de vida, que ignora o cuidado com a natureza.
Trabalhando menos e de casa, haveria uma grande redução da irradiação de carbono na atmosfera, devido ao uso reduzido de meios de transporte. O estudo aponta que reduzir o horário de trabalho em apenas 1% resultaria em uma pegada de ecológica quase 1,5% menor. Isso significa que os resultados são maiores do que as mudanças. Tal diminuição representa que a quantidade de recursos utilizados no dia a dia, como terra, água e emissão de gases seriam menores.
O estudo também afirma que mudar a nossa rotina de trabalho não é o suficiente para resgatar a integridade ecológica ao redor do globo, mas é um dos fatores que raramente pensamos ao debater questões trabalhísticas.
Fonte: Revista Casa e Jardim