Você acredita possuir maturidade emocional ao lidar com a pressão diária da educação dos seus filhos? Possui capacidade de identificar suas próprias emoções e as emoções dos seus filhos? O escritor britânico, Philip Pullman, disse certa vez: “Você não pode mudar o que você é, só o que você faz”. Ainda que algumas características façam parte de nossa essência, nossos comportamentos podem ser aperfeiçoados de modo contínuo, e, acredito, que este seja um fator fundamental para o desenvolvimento humano.
Os pais precisam ter consciência de que o seu direito é o mesmo direito das crianças e jovens. Para isso é necessário coragem de analisar o próprio comportamento como pai e mãe e perceber o impacto positivo e negativo que causam nos filhos e nas pessoas a sua volta. O conjunto de características pessoais e sociais que envolvem um ser humano é o que define sua personalidade. Através de emoções, sentimentos, expectativas, decisões, maneira de pensar, sentir, agir, entre outras características, se torna possível identificar o padrão de individualidade comportamental de um indivíduo.
Logo, pode-se dizer que nossa personalidade é a principal responsável por nossos comportamentos e defino tais comportamentos como a própria personalidade manifestada em pensamentos, palavras e ações.
Muitas vezes, não temos noção de como somos similares a elefantes em uma loja de cristal, com comportamentos infantis e imaturos ao lidar com nossos filhos, familiares e colegas de trabalho. Neste sentido, a maturidade emocional exige o autoconhecimento para compreendermos a origem de nossas emoções, sentimentos e autodesenvolvimento para não agirmos de maneira infantil e impulsiva.
Você se conhece? Conhece seus pontos fortes e fracos? Quais são os seus cinco maiores pontos fortes? Quais são os seus cinco maiores pontos fracos? Quais deles fortalecem os laços familiares e profissionais? Quais deles prejudicam os seus relacionamentos? O que mudaria em sua vida pessoal, familiar e profissional se você lidar melhor com seus pontos fracos? Como você lida com os conflitos diários em casa e no trabalho? Se pudesse realizar uma mudança em você, qual seria? Se pudesse mudar os seus filhos, o que mudaria? Se pudesse mudar as pessoas a sua volta, o que escolheria? Como gostaria de ser visto pelos seus filhos e pelos outros? Quais os três adjetivos que o descrevem como pai ou mãe? Você tem uma noção clara dos pontos que precisa evoluir para melhorar os seus filhos? Como gostaria de ser lembrado por eles? Possui um planejamento estratégico de crescimento pessoal para desenvolver habilidades emocionais e relacionais? Investe na elevação da sua performance pessoal?
Não é correto categorizar uma personalidade entre boa ou ruim, na verdade todas são excelentes, mas quando se identifica que determinada característica da personalidade, está, de algum modo, prejudicando a sua vida e a de outras pessoas, é importante desenvolver a capacidade de revê-la, adaptá-la e principalmente aperfeiçoá-la. Ou seja, é imprescindível ter coragem para conhecer os seus pontos fortes e fracos da sua personalidade e trabalhá-los para que conquiste melhor qualidade nos relacionamentos profissionais, pessoais e mais qualidade de vida.
A personalidade pode e deve ser uma aliada para trabalhar ao nosso favor e não o contrário. Um indivíduo que não é capaz de aperfeiçoar suas características pessoais e sociais quando necessário, que não é capaz de perceber que sua forma de agir e interagir no mundo prejudica o clima familiar e organizacional, possivelmente desenvolverá transtornos emocionais e graves problemas para a família, para a empresa que presta serviços e em seus relacionamentos pessoais, com consequente queda na sua qualidade de vida.
Por isso, desenvolver o autoconhecimento e autodesenvolvimento é tão importante, já que através deles é possível amadurecer e desenvolver a inteligência emocional comportando-se com coerência diante dos obstáculos que encontramos mundo afora.
O autor e psicólogo norte-americano Burrhus Frederic Skinner define bem essa questão com a seguinte frase: “O autoconhecimento tem um valor especial para o próprio indivíduo. Uma pessoa que se tornou consciente de si mesma, por meio de perguntas que lhe foram feitas, está em melhor posição de prever e controlar seu próprio comportamento”.
Dessa forma, é preciso aprender a identificar as próprias emoções, sentimentos e comportamentos e fomentar a empatia.
O ilustre psicólogo Carl Ransom Rogers define a empatia como: “Ver o mundo com os olhos do outro e não ver o nosso mundo refletido nos olhos dele”. Nesse momento pergunte a si mesmo: Eu procuro compreender a mim mesmo e aos meus filhos? A forma como nos comunicamos gera algum tipo de conexão? Estou realmente disposto a escutá-los?
Manter-se calmo diante de situações inesperadas inerentes ao desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças e jovens, desenvolver estratégias para resolução de problemas, ter capacidade de adaptar-se a qualquer circunstância e saber se relacionar socialmente são algumas das características de um indivíduo maduro e capaz de gerenciar as próprias emoções.
Como estão as suas emoções? Que mundo emocional oferece a seus filhos e a sua família? Pense nisso. Pais e mães devem paradigmas positivos, pois os comportamentos tóxicos se espalham como vírus nas famílias.
Os filhos são o reflexo dos pais e com o tempo as crianças e jovens que possuem pais imaturos e tóxicos, grosseiros, se contaminam e passam a agir da mesma maneira por crer que o mundo tem alta tolerância ao mau comportamento.
Costumamos esquecer que o sucesso nos relacionamentos está atrelado a maturidade emocional e que a aprendizagem e a personalidade dos filhos são melhores quando os pais não apresentam problemas comportamentais em função da imaturidade emocional. Cuide-se! Cuide das pessoas que ama, invista no seu crescimento pessoal!
Fonte: Divulgação