Especialista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo explica que a adesão ao tratamento é fundamental para a qualidade de vida
Embora ainda não tenha cura, é possível manter a qualidade de vida mesmo convivendo com o HIV. Para isso é fundamental receber um diagnóstico precoce e fazer o tratamento de maneira correta e ininterrupta. ’’No âmbito do tratamento, o HIV já se igualou a doenças crônicas como o diabetes, hipertensão e colesterol, pois os medicamentos já são mais eficazes, com poucos efeitos colaterais e fáceis de administrar”, afirma João Prats, infectologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo .
Para se manter a qualidade de vida, é fundamental que o paciente se comprometa com o tratamento e seja acompanhado por um médico. Além disso, ele precisará tomar as medicações corretamente, pois o uso irregular dos antirretrovirais faz com que o vírus se torne mais resistente, dificultando o controle da carga viral.
Tratamento contínuo
Os antirretrovirais impedem a multiplicação do vírus e fortalecem o sistema imunológico. “O objetivo do tratamento é fazer com que o paciente fique com uma quantidade indetectável de vírus no sangue, igual àquela apresentada por pessoas que não vivem com o HIV” explica o médico da BP.
Por outro lado, o infectologista reforça que a carga viral indetectável no sangue não significa cura ou mesmo que seja possível abandonar o tratamento. “O vírus ficará adormecido e se o paciente parar de tomar os remédios o HIV volta a se proliferar, levando ao adoecimento, que é o que chamamos de Aids, a síndrome da imunodeficiência adquirida” alerta o especialista. “O paciente que vive com HIV pode ter uma vida absolutamente normal. Ele poderá estudar, trabalhar, praticar esportes e fazer todas as outras coisas do cotidiano, desde que não abandone o tratamento”, conclui o médico.
Fonte: Divulgação