Há alguns anos o termo harmonização facial ganhou destaque nos consultórios, como também na mídia. Procedimentos que cirurgiões plásticos e dermatologistas já faziam há anos, desde a sua formação universitária, foram agrupados para constituir essa técnica. Portanto, harmonização facial nada mais é do que um conjunto de procedimentos estéticos visando a harmonia da face. Dentre esses procedimentos, destaca-se o preenchimento com ácido hialurônico.
O ácido hialurônico é o preenchedor mais usado na face. Pode ser injetado em diversas áreas, como as olheiras, as maçãs do rosto (regiões malares) e o bigode chinês (sulco nasogeniano). É um tipo de preenchedor absorvível, ou seja, não é permanente, regride com o tempo. E é o único que possui uma enzima para corrigir eventuais excessos e complicações – a hialuronidase. Por esses motivos, ganha no quesito segurança.
De acordo com a dermatologista especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e pela American Academy of Dermatology, Adriana Isaac, a maioria das pessoas começa a sentir o envelhecimento na face pelo surgimento das rugas e pelo aparecimento do bigode chinês e das olheiras. “ A partir dos 30 a 40 anos, a sensação é de que o rosto começa a “derreter”, a “murchar”. E como nosso rosto está sempre em destaque, ainda mais em uma era digital repleta de selfies, webmeetings e lives, existe uma demanda enorme do mercado da estética em busca do rejuvenescimento. Um mercado que nunca pára de crescer em todo o mundo, mesmo em tempos de crise”, afirma médica.
O Brasil se tornou o terceiro país com o maior mercado de estética no mundo, ficando atrás, apenas, dos Estados Unidos e do Japão. A dermatologista diz que há aproximadamente 10 anos, a correção do bigode chinês era feita através de um preenchimento bem localizado, utilizando-se poucas seringas, mas que com a expansão do conhecimento sobre o envelhecimento facial, observou-se a necessidade de preencher outras regiões para de fato promover o rejuvenescimento. “ As técnicas evoluíram e mostraram que é possível criar um efeito “lifting”, de sustentação facial, ao se injetar preenchedores em pontos estratégicos. Mais volumes foram sendo injetados na face, como nas regiões malares, no queixo (mento) e nas regiões mandibulares”, explica.
Mas a médica alerta: tudo tem dois lados. “ Ao mesmo tempo que esse aumento de seringas proporcionou uma melhora do contorno facial em muitas pessoas tratadas, está cada vez mais visível o efeito contrário – o excesso que não harmoniza, mas deforma. Nos Estados Unidos isso já é visto com frequência, sendo adotado inclusive o termo “pillow face” para descrever o inchaço que é visto nas pessoas com acúmulo de preenchimentos, que ficam com a típica cara de quem acabou de acordar. Várias celebridades já passaram por isso, como Madonna e Nicole Kidman”, diz.
Ainda de acordo com a dermatologista, esse efeito “overfilled”, ou super preenchido, traz inclusive transtornos psicológicos para algumas pessoas, que deixam de se reconhecer e de apreciar a própria imagem. “ Aconteceu recentemente com o cantor Lucas Lucco. Ele relatou não conseguir mais tirar selfies após um procedimento de harmonização facial ano passado, realizado por dentista. Ele partiu para o processo contrário, a remoção do ácido hialurônico injetado em excesso na sua face. E após aproximadamente 1 ano, ele ainda está enfrentando esse processo de reversão” ressalta a especialista.
A médica reforça que o ácido hialurônico tem uma excelente ação, empregado para finalidade estética há anos, com resultados ótimos e bem naturais. O segredo está na dose utilizada, no tipo de produto utilizado (se é adequado para a região que será preenchida) e na técnica de aplicação.
Fonte: Divulgação