Manaus e a Amazônia são visitáveis o ano inteiro — a chuva, aqui, é parte da experiência. Mas se você quiser pegar menos chuva, vá entre junho e novembro.
O calor é constante. A temperatura mínima é sempre superior a 22ºC, e máxima, nunca inferior a 30ºC, em qualquer mês. As chuvas, porém, costumam dar um refresco logo depois que caem.
Manaus entre junho e agosto: pouca chuva, águas altas
Esta é a época mais aproveitável para programar um cruzeiro ou esticar num hotel de selva. Entre junho e agosto chove relativamente pouco, mas o nível das águas dos rios ainda está alto, possibilitando os passeios de exploração da floresta inundada em canoa ou voadeira. Em Manaus as praias de rio começam pouco a pouco a emergir, mas é mais negócio pegar praia nos flutuantes.
Manaus entre setembro e novembro: pouca chuva, praias
As águas começam a baixar no fim de junho, com o início da época menos chuvosa, e quando chega setembro já existem praias de rio bem delineadas. Cada vez menos áreas da floresta permanecem inundadas. Em meados de outubro, nos cruzeiros e hotéis de selva, muitos passeios de voadeira e canoa passam a ser substituídos por caminhadas na floresta.
Manaus entre dezembro e fevereiro: alguma chuva, praias
As chuvas voltam com regularidade em dezembro, mas as águas ainda vão demorar um pouco a subir. Na selva, os passeios de voadeira ou canoa se limitam a passar pelos igarapés perenes.
Manaus entre março e maio: mais chuva, águas subindo
Em meados de março, as águas do degelo dos Andes peruano finalmente começam a alcançar a nossa Amazônia, e o nível dos rios começa a subir — ajudado também pela continuidade das chuvas. Em poucas semanas as últimas praias de rio estarão cobertas e cada vez mais partes da floresta estarão inundadas. Em maio você tem uma razão a mais para se demorar em Manaus: é neste mês que se realiza o Festival Amazonas de Ópera, com grandes espetáculos no Teatro Amazonas.
Quantos dias em Manaus
Você precisa de 3 dias para passar em revista as atrações básicas de Manaus. Se tiver menos tempo, vai precisar priorizar os passeios. Com mais tempo, pode curtir as praias fluviais (na época da vazante) e as cachoeiras de Presidente Figueiredo.
Caso você combine Manaus com um hotel de selva ou cruzeiro fluvial, 1 ou 2 dias podem suficientes para as atrações da capital.
Como chegar a Manaus
De avião
Manaus é servida por vôos diretos de São Paulo (4h de viagem), Rio de Janeiro (4h), Brasília (3h), Belém (2h), Santarém (1h), Fortaleza (3h30), Campinas (3h45), Boa Vista (1h30), Rio Branco (1h50) e Porto Velho (1h20).
Muitas cidades amazônicas também são ligadas por via aérea a Manaus, como Tefé (1h10 de vôo), Parintins (1h) e São Gabriel da Cachoeira (2h30), entre muitas outras.
Do exterior existem vôos diretos da Cidade do Panamá com a Copa (4h de viagem), e voos com escala saindo de Miami para Manaus com várias cias. (5h20).
Do aeroporto de Manaus à cidade
De táxi
O táxi do aeroporto é tabelado: custa R$ 75 tanto para os bairros centrais como para a Ponta Negra, onde está o hotel Tropical.
A tabela também vale no sentido contrário: não importa onde você pegue o táxi, a corrida custará R$ 75 entre o Centro ou Ponta Negra e o aeroporto.
De Uber
Uber tem tarifa dinâmica, que depende da relação entre disponibilidade e procura. Uma corrida ao centro da cidade pode sair R$ 25 com UberX e R$ 30 com UberSelect.
Chegando (ou saindo) de barco
Os rios são as estradas naturais da Amazônia. Mas o transporte é organizado de uma maneira diferente do que estamos acostumados com cias. aéreas e viações de ônibus. Não existe nenhum site que consolide as vendas de todos os barcos — isso é feito por agências especializadas. A maioria delas tem um guichê no porto mas não têm presença na internet.
Nos barcos tradicionais, as viagens podem levar dias, e por isso os passageiros levam suas redes para estender no convés. (Tem que comprar e levar mesmo; não dá para alugar no barco.) Para quem não quer a experiência de dormir em rede há ‘camarotes’ — cabines fechadas, com beliches e ar-condicionado. Alguns barcos já têm ar-condicionado também na área das redes.
Nos últimos anos surgiu uma alternativa aos barcos lentos: as lanchas, conhecidas genericamente por ajato. As lanchas ‘ajato’ têm configuração parecida com ônibus — seis assentos por fileira, três a três, separados por um corredor. Uma viagem a Tefé feita num barco convencional leva 42 horas; de lancha ajato, 14 horas.
Há três rotas que interessam a quem viaja a turismo:
Belém-Santarém-Manaus de barco
Não há lanchas ajato nesta rota, apenas barcos convencionais.
- A viagem leva 5 dias entre Belém e Manaus e 4 dias entre Manaus e Belém
- Quer viajar num barco desses pela experiência? Faça o trecho Santarém-Manaus, de 43 horas (dois pernoites), ou Manaus-Santarém, de 36 horas (um pernoite). Assim você combina Manaus com as praias de Alter do Chão. Santarém tem vôos de/para Belém e Brasília (e Manaus também)
- O melhor barco na rota é o Amazon Star, que vem de Belém e passa em Santarém sábado sim, sábado não, chegando a Manaus na 2ª feira de tarde. No sentido contrário, sai de Manaus 4ª feira sim, 4ª feira não, chegando a Santarém à meia-noite de 5ª para 6ª.
Manaus-Tefé e Manaus-São Gabriel da Cachoeira de lancha
Viajar de lancha a jato não pode ser classificado com uma ‘experiência’. Você não vai ter a liberdade de andar pelo barco. Em compensação, é uma boa alternativa se as passagens de avião estiverem incompráveis (ou se você tiver medo de turboélice).
- Manaus-Tefé de lancha leva 14 horas.
- Manaus-São Gabriel da Cachoeira de lancha leva 26 horas.
Como se deslocar em Manaus
Táxi em Manaus
Para distâncias curtas (dentro do Centro, ou entre o Centro e os bairros de Adrianópolis e Vieiralves, onde há restaurantes e hotéis), o táxi resolve bem, sem pesar no bolso. Sempre há pontos junto aos hotéis, e é fácil pedir táxi por aplicativos.
Andar de táxi fica caro, porém, para ir de/para o aeroporto (as corridas são tabeladas em R$ 75) e também para trajetos longos, como do Centro à Ponta Negra/Marina do David, ao Porto da Ceasa ou ao Museu da Amazônia. Esses trajetos saem facilmente entre R$ 40 e R$ 50.
Depender de táxi também encarece muito a estada no hotel Tropical, já que os táxis que atendem dentro do hotel são autorizados por lei municipal a cobrar a tabela do aeroporto (R$ 75) para qualquer distância.
Uber em Manaus
Sempre é bom lembrar que a tarifa do Uber é dinâmica, varia conforme a procura. Mas num momento de procura ‘normal’, andar de Uber é entre 30% e 50% mais barato que de táxi.
Uber vale especialmente a pena para corridas longas — de/para o aeroporto, entre o Centro e Ponta Negra/Marina do David, ao Porto da Ceasa e ao Museu da Amazônia.
Manaus tem UberX e UberSelect, mas não tem UberBlack.
Carro alugado em Manaus
Até antes da chegada do Uber, alugar carro era a única maneira de evitar as corridas caras de táxi fora do eixo Centro-Adrianópolis-Vieiralves.
Hoje em dia, eu indico alugar carro apenas para quem quer fazer todos os passeios distantes: Encontro das Águas a partir do Porto da Ceasa, Museu do Seringal saindo da Marina do David, Museu da Amazônia, e ainda tirar um dia para ir a Presidente Figueiredo.
Fonte: Viaje na Viagem