Serviço pode ser feito, mas há regras; falta de reparo acarreta em multa e apreensão do veículo

Como funciona o reparo de vidros blindados danificados você já leu na Autoesporte. Agora imagine outra situação: enquanto dirige na estrada, o carro à sua frente passa por uma área com detritos e manda uma pedrinha bem no meio do seu para-brisa, que trinca. O que fazer nessa situação? Será que dá para arrumar ou preciso trocar o vidro inteiro?

Bom, até dá para consertar, mas existem regras: vai depender muito da extensão da localização da fissura, o que pode impedir o reparo. De qualquer forma, você precisa levar o carro até uma loja especializada para que um profissional possa fazer a avaliação. “Determinados danos no para-brisas Bom, até dá para consertar, mas existem regras: vai depender muito da extensão da localização da fissura, o que pode impedir o reparo. De qualquer forma, você precisa levar o carro até uma loja especializada para que um profissional possa fazer a avaliação. “Determinados danos no para-brisas são reparados com tecnologia UV, que “seca” a resina aplicada na área danificada, finalizada com polimento”, diz Célio Renato Ruiz, gerente de assistência técnica para adesivos e selantes da Henkel. são reparados com tecnologia UV, que “seca” a resina aplicada na área danificada, finalizada com polimento”, diz Célio Renato Ruiz, gerente de assistência técnica para adesivos e selantes da Henkel.

Segundo a resolução 216 doConselho Nacional de Trânsito (Contran), para ser reparada, a trinca em forma de estrela não pode ser maior que uma moeda de R$ 1. Já as rachaduras longas devem ter até 10 cm. Mas o conserto só pode ser feito se o dano for apenas na lâmina externa do para-brisa (vidro laminado, que é mais seguro e não estilhaça). Já os vidros laterais e traseiro não podem ser reparados por serem temperados.

Fissuras do tipo estrela não podem ser maiores que uma moeda de R$ 1 — Foto: Getty Images

Fissuras do tipo estrela não podem ser maiores que uma moeda de R$ 1

Também não pode haver danos na área de visão do condutor e em uma faixa periférica de 2,5 cm das bordas externas do para-brisa. O descumprimento resulta em infração grave, cinco pontos na carteira de habilitação do motorista, multa de R$ 195,23 e retenção do veículo para regularização.

Para aumentar as chances de sucesso de um reparo, a primeira providência que o motorista precisa tomar é proteger o local da trinca. Colar um adesivo ou qualquer tipo de fita impede que a rachadura aumente, além de evitar que sujeiras e umidade entrem no local. Mas não pense que dá para rodar por um tempo depois de colocado o adesivo. A recomendação é levar o carro para fazer o serviço o mais breve possível. A média de valores para o conserto é de R$ 250 e a duração é de aproximadamente 40 minutos.

Quando a troca é necessária?

Para-brisa precisa ser trocado quando não é possível repará-lo — Foto: Getty Images

Caso os critérios para o reparo não sejam atendidos, com trincas maiores que as estipuladas ou localizadas no campo de visão do motorista, será preciso substituir o para-brisa inteiro. O procedimento de troca é relativamente simples, mas o ideal é procurar lojas automotivas especializadas e que trabalhem com peças originais.

Outro exemplo no qual a substituição é recomendada é quando o vidro apresenta riscos causados pelo limpador de para-brisa — por isso é importante cuidar das palhetas. “Os pequenos arranhões, na maioria dos casos, podem ser reparados com polimento feito por profissionais. No entanto, eles podem se tornar problemas se estiverem na área de visão do motorista. Isso porque se a visão do motorista continuar sendo prejudicada após o serviço de polimento, é importante que um profissional avalie a possibilidade de troca”, explica Ruiz.

Palhetas sem manutenção podem riscar o para-brisa — Foto: Needpix.com/Reprodução

Palhetas sem manutenção podem riscar o para-brisa

O valor do serviço da troca do para-brisa varia de acordo com o modelo, mas começa em cerca de R$ 500 para carros mais antigos de entrada e pode passar de R$ 10 mil em caso de modelos de luxo, como SUVs de marcas como Volvo, Land Rover e Porsche, por exemplo. Se você tiver seguro, saiba que algumas apólices fazem a cobertura para a troca de vidros.

“Um para-brisa eficiente traz perfeita visibilidade ao motorista, protege os ocupantes contra o impacto de pedregulhos e outros objetos, mantém a integridade estrutural da carroceria do automóvel e funciona como um apoio para o airbag. Danos no para-brisa podem interferir negativamente nessa força protetora do equipamento”, conclui Ruiz.

Fonte: Auto Esporte