Segundo executivo da GWM, empresa já fechou contrato com fornecedora para o desenvolvimento de sistema híbrido que aceite etanol

A GWM anunciou que dará início, com certo atraso, às operações de sua fábrica em Iracemápolis (SP) em maio de 2025. A empresa também diz ter desistido de montar seus carros no país em regime CKD, que é quando o veículo é importado em peças separadas e faz a montagem. Outra novidade é que a marca já tem planos de transformar o Haval H6, o primeiro carro nacional, em híbrido flex.

A GWM abriu mão do processo CKD por já ter uma cabine de pintura pronta na linha – herança da Mercedes-Benz, antiga proprietária. Pesou também a estratégia. A companhia pretende exportar para outros países da região e, para isso, precisa atingir o mínimo de 40% de nacionalização dos veículos.

As revelações foram feitas pelo diretor de assuntos institucionais da GWM Brasil, Ricardo Bastos, em entrevista à Valor Econômico.

“Já temos um contrato com a Bosch para o desenvolvimento de um sistema híbrido que aceite etanol no Haval H6”, destacou Bastos. Num primeiro momento, contudo, o SUV aceitará apenas gasolina.

O diretor da GWM ainda fez questão de salientar que a montadora quer fazer 25 mil unidades do Haval H6 por ano em Iracemápolis. A unidade, de acordo com Bastos, foi licenciada para uma capacidade total de 50 mil veículos.

Isso abre espaço para a produção de outro veículo da linha Haval no Brasil: o H4. Conforme antecipado por Autoesporte, o SUV de entrada será feito no país e terá sistema híbrido flex. Vale lembrar que o modelo tem o mesmo motor 1.5 turbo do H6.

Com o atraso no início da produção, ainda não se sabe se o GWM Haval H4 será lançado no segundo semestre de 2025 ou se ficará para 2026. De todo modo, o SUV mais barato da montadora chinesa no Brasil é aguardado ansiosamente pelos concessionários da marca, que enxergam no produto maior apelo em termos de volume.

 

 

 

Fonte: Auto Esporte