Capaz de estimular certas áreas do nosso cérebro responsáveis por criar emoções e memórias, o marketing olfativo passou a ser cada vez mais explorado pelas marcas. A estratégia é bastante promissora pelo fato de associar um determinado aroma a uma marca e, assim, fidelizar o consumidor àquele produto. Mais do que qualquer outra experiência sensorial, os cheiros que nos cercam induzem emoções e comportamentos que, muitas vezes, não são conscientemente percebidos.
Uma campanha que utiliza este recurso para atrair clientes deve entender muito seu público-alvo para não cometer excessos. Esse recurso sensorial, dependendo do setor, pode facilmente afastar um cliente, caso determinado aroma não o agrade ou o faça lembrar algo ruim. É preciso ter a dose certa para atrair às compras.
A Starbucks (empresa mundial de torrefação e venda de café especial) usa muito esse recurso em suas lojas. Mas, ao contrário do que se imagina, o uso desse novo conceito de marketing não se restringe apenas à indústria alimentícia ou cosmética. As montadoras de automóveis, por exemplo, há tempos encomendam “cheiros de carro novo” que atendam às expectativas sensoriais de seus consumidores. Isso no Brasil, onde há a combinação de vinil, plástico e borracha. Na Europa, o que agrada é basicamente a mistura de couro e tinta, mas muitas vezes o odor em um automóvel simboliza ao consumidor alguma substância inapropriada “vazando”.
Quando a indústria adota o recurso de aromatizar produtos ou embalagens, por exemplo, faz com que seja criado um vínculo emocional com o consumidor. Mais do que isso, o marketing olfativo tem como objetivo levar a marca, por meio de uma fragrância, para o dia a dia dos clientes.
Fonte: Gabriel Rossi