No Brasil, o tabagismo é responsável por mais de 120 mil mortes por ano. A droga prejudica diversos tipos de órgãos, inclusive a pele
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o consumo de cigarros reduziu 65% entre 1980 e 2010. Já em 2012, foi registrado a compra de 88 bilhões de unidades do produto, 7 bilhões a menos do que em 2010. A luta para reduzir esses números ainda é pauta para os órgãos de saúde, tendo em vista todos os males causados pelo tabaco.
Levando em consideração esse problema, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou, em 1987, o Dia Mundial sem Tabaco, celebrado nesta sexta-feira (31). A data tem o intuito de alertar sobre as doenças e mortes causadas pelo tabagismo. Além de hipertensão arterial, infarto, bronquite crônica, cânceres, diabetes e tuberculose, o tabaco também é capaz de causar sérios problemas para a pele.
“O tabaco gera interferência nos processos circulatórios, de cicatrização e de regeneração da pele. Seu consumo pode, também, torná-la mais ressecada e frágil, especialmente nas extremidades – pés, pernas e mãos -, onde a circulação é mais prejudicada pela droga”, explica Igor Nunes, médico cirurgião geral e vascular e coordenador técnico do Cenfe, centro especializado em tratamento de feridas no DF.
No âmbito do tratamento de lesões, o tabagismo interfere em diversas etapas da cicatrização da ferida. Com o estado de inflamação crônica, os mecanismos de circulação são alterados e a proteção e reconstrução celular são afetadas, dificultando o processo de cura.
“Além disso, seu consumo favorece a aterosclerose, isto é, o acúmulo de gorduras nas artérias, o que prejudica diretamente a melhora do paciente lesionado”, complementa Nunes.
Dicas para diminuir o consumo
Como dica inicial, é importante escolher uma data para iniciar o processo. Isso tende a estimular a mente a conquistar a meta estabelecida. O acompanhamento de familiares, amigos e médicos também é um dos principais fatores para deixar de consumi-lo.
“O Dia Mundial sem Tabaco traz a possibilidade de discutir o assunto. É uma oportunidade ímpar de chamar a atenção de todos a respeito dessa prática que, apesar de legalizada, tem implicações reais sobre morbidade – doenças e sequelas – e mortalidade da população mundial. De pouco em pouco, conseguimos reduzir o consumo da população”, pontua.
Fonte: Divulgação