Especialista explica como sair do vermelho e melhorar a relação com o dinheiro

Janeiro já terminou, mas as contas de início de ano ainda estão refletindo no orçamento de muitos brasileiros. Segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 8 em cada 10 (85%) possuem, atualmente, contas ou dívidas para pagar e 22% deles não fizeram qualquer planejamento para quitar esses compromissos nos próximos meses. No início do ano, outro levantamento das mesmas entidades mostrou que apenas 11% dos consumidores brasileiros têm condições de pagar as despesas sazonais deste período, como IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) e material escolar, com os próprios rendimentos, sem que seja necessário fazer uma economia ou reserva financeira ao longo do ano.

A dor de cabeça de ficar no vermelho pode se arrastar por meses e se transformarem em problemas mais graves se medidas efetivas, como um bom planejamento financeiro, por exemplo, não forem aplicadas. Para ajudar a reverter esse cenário, Carlos Terceiro, CEO e fundador do Mobills, aplicativo completo para gestão de finanças pessoais, separou algumas dicas que podem ajudar a quitar as dívidas e a criar uma relação mais saudável com as finanças pessoais.
• Liste todas as suas dívidas e tente negociá-las
Enumere tudo que estiver com o pagamento atrasado: contas da casa, cartões de crédito, prestações, cheque especial e carnês. Para cada item da lista, coloque o valor de pagamento mensal, a taxa de juros e o total devido. A renegociação também é essencial para que você possa melhorar a sua vida financeira.
• Pague as dívidas com juros mais alto primeiro
Dívidas com juros mais altos devem ser sua prioridade. Afinal, são elas que estão levando você a se endividar cada vez mais, causando o famoso efeito bola de neve. Quanto maior forem os juros, maior será a sua dívida. Por isso, elabore uma lista das suas dívidas e veja as de maior valor para tentar saná-las primeiro.
• Analise a possibilidade de pegar um empréstimo
Ainda que recorrer a empréstimos não seja algo agradável, em certas situações pode valer a pena escolher essa alternativa para resolver o problema. As dívidas de cartão de crédito e cheque especial têm os encargos mais caros do mercado. A maioria dos empréstimos oferece juros menores do que os das dívidas. Por isso, é importante avaliar se faz sentido mudar de dívida para pagar menos e, às vezes, até mais rápido.
• Evite parcelar
Se você está focado em sair do vermelho, evite as compras parceladas. Elas contribuem para o aumento do seu endividamento. Quando você compra parcelado, tem a falsa impressão de que gastou pouco porque não viu o dinheiro efetivamente sair do seu bolso.
• Anote tudo e planeje seu orçamento
Sem ter noção do quanto você gasta diariamente, fica muito mais difícil saber como sair do vermelho. Por isso, é importante saber exatamente quanto você ganha e quanto gasta por mês. Para isso, é fundamental anotar todos os ganhos e as despesas. Você pode utilizar uma planilha, anotar no papel ou fazer uso de aplicativos como o Mobills. O importante é conseguir se organizar e criar este hábito. Depois de ter o diagnóstico sobre a situação financeira, é importante limitar o orçamento. As áreas da saúde, moradia, transporte e alimentação são essenciais, então devem ser priorizadas. A partir dessa análise, separe uma quantia fixa para usar em gastos extras. Isso vai ajudá-lo a evitar o consumo de itens desnecessários para o seu cotidiano.
Fonte: Divulgação