Marcas como Chevrolet e Renault farão uma verdadeira limpa em seus portfólios, acompanhados de veteranos de outras marcas

O ano de 2024 marcará uma transição importante do mercado automotivo brasileiro. Ao final dele, o país entrará na oitava fase do programa nacional de controle de emissões de poluentes, o chamado Proconve L8. Com isso, alguns fabricantes aproveitarão para fazer uma verdadeira limpa em seus catálogos de produtos.

Um exemplo é a Chevrolet, que deve tirar nada menos que seis modelos de linha em 2024. Alguns ficarão sem substituto, enquanto outros serão trocados por elétricos. Já a Renault ceifará dois carros de seu portfólio, no esteio da chegada do Kardian. A Toyota fará o mesmo quando vier o SUV Yaris Cross.

Confira 12 automóveis e comerciais leves que devem ser tirados de linha ao longo desse ano:

Chevrolet Bolt e Bolt EUV

Chevrolet Bolt foi um dos primeiros carros à venda no Brasil — Foto: André Paixão/Autoesporte

Um dos primeiros elétricos vendidos no Brasil, o Chevrolet Bolt está muito perto de dizer adeus. E não irá sozinho: o Bolt EUV, seu irmão SUV, também deve se despedir em breve de nossas ruas, mesmo tendo sido lançado há poucos meses. Isso porque a GM encerrou a produção da dupla na fábrica de Orion, no estado do Michigan (EUA), no fim deste ano. Assim, a presença de ambos no catálogo perdurará enquanto os lotes trazidos ao Brasil não acabarem.

Chevrolet Camaro

Chevrolet Camaro Collection terá apenas 125 unidades — Foto: Vitória Drehmer/Autoesporte

A GM também já anunciou a despedida do Camaro do mercado brasileiro. Para isso, lançou uma série de despedida do muscle no Brasil, limitada a 125 unidades, chamada Collection. Custará R$ 555 mil na configuração cupê e R$ 595 mil com carroceria conversível. Após o esgotamento dela, o icônico esportivo será definitivamente aposentado por aqui. Para seu lugar, a marca prepara a chegada do crossover elétrico e esportivo Blazer.

Chevrolet Cruze e Cruze Sport6

Chevrolet Cruze é um velho conhecido do público brasileiro — Foto: Divulgação

A produção de Chevrolet Cruze e Cruze Sport6 na Argentina já está encerrada. A América do Sul foi a última região no mundo a tirar de linha a família com sedan e hatch médios construídos sobre a plataforma Delta. Contudo, a dupla só deve deixar de fato o catálogo ao longo do primeiro semestre de 2024, quando os estoques zerarem nas concessionárias.

Chevrolet Equinox

Chevrolet Equinox terá uma troca de gerações — Foto: Divulgação

Aqui, teremos mais propriamente uma troca de geração. Mas será uma mudança tão profunda que decidimos colocar o Chevrolet Equinox na lista. Afinal, ele deixará de ser um SUV médio convencional a combustão para se tornar um elétrico, com plataforma, carroceria e conceito totalmente diferentes. Em comum com o antecessor, ficará apenas o nome. Ou seja, o Equinox 1.5 turbo que conhecemos não existirá mais.

Citroën C4 Cactus

Citroen C4 Cactus tem um projeto envelhecido  — Foto: Divulgação

Com a chegada do SUV de sete lugares Citroën C3 Aircross, no fim deste ano, e do irmão cupê C3 X ou Fastlounge, prevista para o segundo semestre de 2024, o Citroën C4 Cactus ficará sem lugar no catálogo brasileiro da marca e na fábrica de Porto Real (RJ).

Projeto envelhecido e equipado com dois motores veteranos, o EC5 e o THP, que não atendem às normas do Proconve L8, o C4 Cactus dificilmente resistirá até o fim de 2024. Com isso, marcará a aposentadoria definitiva da plataforma PF1 na América do Sul.

JAC iEV330P

JAC iEV330P é a primeira picape média elétrica do Brasil — Foto: Auto Esporte

Primeira picape média elétrica vendida no Brasil – embora quase ninguém se lembre disso -, a JAC iEV330P terá suas vendas descontinuadas pelo grupo SHC, importador oficial da marca chinesa, ainda no primeiro semestre de 2024. Isso acontecerá quando a marca lançar sua sucessora, uma picape média mais moderna conhecida em outros mercados como T9 ou Hunter.

Ainda sem nome divulgado no Brasil, a JAC T9 ou Hunter representa, na verdade, uma atualização visual profunda da própria iEV330P, produto que na China recebe um nome muito mais palatável: T8. Sua sucessora será comercializada no Brasil com motor elétrico – o mesmo da iEV330P, com 204 cv de potência e 30.1 kgfm de torque – ou a diesel, um 2.0 turbo de 170 cv e 41,8 kgfm.

Na variante elétrica, a tração será 4×2 traseira, como já acontece atualmente com a iEV330P, mas o banco de baterias de LFP (lítio-fosfato-ferro) terá sua capacidade aumentada de 65,3 para 77 kWh, aproximando-a dos 300 km de autonomia no Inmetro. Já a configuração turbodiesel virá com tração 4×4 dotada de reduzida e bloqueio de diferencial, além de câmbio automático de oito marchas e 1.400 kg de capacidade de carga.

Nissan Leaf

Nissan Leaf também foi um dos primeiros elétricos a chegar ao Brasil — Foto: Divulgação

A Nissan também foi uma das primeiras marcas a apostar em carros elétricos no Brasil. Porém, o Leaf nunca fez o sucesso esperado, em especial porque nunca teve um preço competitivo. Em 2024, deve deixar o portfólio da marca para abrir espaço ao SUV Ariya, um produto que deve ter mais apelo entre os consumidores locais.

Renault Logan e Stepway

Renault Stepway, antigo Sandero, está há quase 20 anos no mercado — Foto: Divulgação

A Renault já tirou de linha o Sandero no Brasil, mas manteve o aventureiro Stepway e o sedan Logan em produção por mais tempo. Só que ambos não devem mais ser produzidos a partir de 2024, abrindo espaço na fábrica de São José dos Pinhais (PR) para o Kardian. Com isso, devem desaparecer do catálogo da marca ainda no primeiro semestre de 2024.

Toyota Yaris e Yaris Sedan

Toyota Yaris sai de linha nas duas carrocerias  — Foto: André Paixão/Autoesporte

O fim de linha destes dois ainda está mais nebuloso, mas nossa reportagem entende que a Toyota deve encerrar a produção da dupla Yaris e Yaris Sedan, pelo menos para venda no mercado brasileiro, com a chegada do SUV Yaris Cross. O SOP (início de produção em série) deste está programada para o último trimestre de 2024, o que significa que a saída da dupla de compactos do portfólio só deve se tornar realidade no começo de 2025.

 

 

 

Fonte: AutoEsporte