Precisamos falar sobre pregorexia. Já ouviu falar nesse termo? O transtorno alimentar atinge mulheres que controlam o peso radicalmente durante a gravidez, para manter o “peso ideal”. O termo vem da junção entre as palavras pregnancy (gravidez) e anorexia.

Nos últimos anos, a onda fitness tomou conta das redes sociais. Consequentemente, aumentou o número de mulheres obcecadas pelo corpo mais magro, inclusive durante a gestação. Por ser uma doença recente e pouco conhecida pela ciência, ainda não existem estatísticas, mas a nutricionista Kátia Terumi M. Rodrigues Ushiama, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, afirma que uma mulher que já teve qualquer tipo de transtorno alimentar é propensa a desenvolver a pregorexia. “É comum também casos em mulheres mais jovens, por conta dessa preocupação com o corpo”, diz Kátia.

Peso (Foto: Thinkstock)
 A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica fez uma estimativa de peso ideal durante o período de gestação. Por exemplo: uma mulher com IMC entre 18.5 e 24.9 (considerado normal) deve engordar entre 11 e 16 quilos.

“A pregorexia geralmente é notada durante o pré-natal, quando o médico costuma acompanhar a evolução do peso da gestante. Normalmente, as pacientes não admitem que estão se alimentando incorretamente ou provocando o vômito. É comum, durante a gravidez, se preocupar com a alimentação e o ganho de peso, mas o cuidado deve ser redobrado quando esse medo é excessivo”, diz.

Alimentação (Foto: Thinkstock)

Após diagnosticada, Kátia recomenda o acompanhamento nutricional junto com o psicológico. “Ao ser detectado, o médico geralmente sugere um tratamento multiprofissional, com psicólogo e também um nutricionista. No caso da nutrição, é feito um trabalho de compreensão com a paciente, para que ela entenda que o ganho de peso na gestação é natural, necessário e algo transitório, sendo possível voltar ao peso depois da gravidez”, explica.

 

Créditos: Glamour