Criada em 2011, ela parte para uma nova fase de testes ao redor do mundo
No ano passado, o instituto recebeu 40 milhões de dólares em fundos para aprofundar as pesquisas. O segundo round de testes será iniciado na cidade de Melbourne e passará por outras cidades na Austrália, em seguida.
O centro de pesquisa espera que 150 voluntários da Oceania e dos Estados Unidos passem pelos experimentos. “A vacina é desenhada para atingir 90% dos pacientes celíacos genéticos”, afirma o doutor Jason Tye-Din, chefe da pesquisa celíaca e gastroenterologista no Royal Melbourne Hospital, ao jornal Sydney Morning Herald. “Uma terapia bem sucedida que pode restaurar a tolerância ao glúten normal revolucionaria o tratamento”.
A Nexvax2 não habilitará imediatamente os celíacos a ingerir o glúten normalmente, mas estimulará, de forma lenta, o organismo a desenvolver imunidade à proteína do glúten, acabando com seus efeitos colaterais negativos.
A doença celíaca é do tipo autoimune, o que significa que o próprio corpo produz anticorpos contra si mesmo. Dessa forma, as células intestinais são atacadas causando inflamações e sintomas como diarreia, constipação, náuseas e desconforto abdominal – os sintomas mais comuns.
Atualmente, o tratamento para os celíacos é eliminar toda fonte de glúten, que é uma proteína presente no trigo, no centeio e na cevada. Alimentos livres desse composto não envolvem apenas esses ingredientes, mas exigem que os produtos não sejam manipulados ou processados em locais onde a substância já esteve em contato (muitos cereais, como a aveia, geralmente possuem o glúten, apesar dela não fazer parte da genética básica da planta).
O diagnóstico pode acontecer por exame de sangue ou por testes indicados por nutricionistas e nutrólogos, de forma que muitos sintomas inexplicados chegam a desaparecer quando o consumo do glúten é cortado.
Fonte: Revista casa e jardim